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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Pessoas altruístas têm mais benefícios do efeito placebo

Pessoas altruístas têm mais benefícios do efeito placebo

Redação do Diário da Saúde


Pessoas altruístas têm mais benefícios do efeito placebo
A ativação dos analgésicos naturais secretados pele cérebro é maior em pessoas altruístas e otimistas. [Imagem: Zubieta Laboratory/University of Michigan]

"Isso não vai dar certo"
Apesar do "poder dos placebos", não existem ainda boas teorias para explicar tanto o efeito placebo quanto o efeito nocebo.
Uma das principais questões em aberto é por que o efeito placebo funciona bem para algumas pessoas mas não para outras.

Uma equipe de neurocientistas resolveu abordar essa problemática de um ponto de vista mais holístico, e descobriu algumas correlações muito interessantes.
Pessoas que experimentam os melhores efeitos ao tomar placebo têm traços de personalidade tipicamente otimistas e altruístas.
Geralmente são pessoas que lidam bem com as dificuldades da vida e que ajudam os outros sem esperar recompensas.
Por outro lado, pessoas do tipo raivoso ou irritado, que costumam ter atitudes hostis em relação à vida e aos outros, não têm os mesmos benefícios do placebo.
Diferença no cérebro
Mas será que altruístas e otimistas simplesmente teriam mais força de vontade para influir nos resultados de um tratamento, ainda que fosse um tratamento falso?
De fato a questão é muito mais profunda - e resposta para ela está no cérebro.
Ao analisar as pessoas de bem com a vida, que usufruem melhor dos efeitos do placebo, os pesquisadores descobriram diferenças fisiológicas no cérebro que podem explicar os diferentes efeitos do medicamento inerte.
O cérebro das pessoas possui compostos químicos similares a analgésicos que respondem à dor de forma diferente dependendo do tipo da personalidade.
E isso determina os benefícios que poderão ser colhidos do placebo.
Convertendo informação em alteração biológica
O Dr. Jon-Kar Zubieta, da Universidade de Michigan (EUA), afirma que o estudo envolveu tratamentos para a dor, mas que os resultados também podem ser aplicados a respostas a outras circunstâncias indutoras de estresse.
"Nós descobrimos que a maior influência vem de uma série de fatores relacionados com a resiliência individual, a capacidade para enfrentar e superar ocorrências estressantes e situações difíceis. Pessoas com esses fatores têm a maior capacidade para capturar informações ambientais - o placebo - e convertê-las em alterações biológicas," disse ele.
O pesquisador acrescenta que a descoberta poderá ter implicações para o relacionamento médico-paciente.
Por exemplo, pacientes com determinados traços de personalidade e tendências de resposta ao placebo terão mais facilidade para discutir as opções de tratamento com o médico, discutindo francamente quaisquer preocupações quanto à resposta ao tratamento a ser adotado.

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