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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

TRANSTORNO DO PÂNICO Autoria: Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva


Existe tratamento para este tipo de problema?

Existe uma variedade de tratamentos para o transtorno do pânico. O mais importante neste aspecto é que se introduza um tratamento que vise restabelecer o equilíbrio bioquímico cerebral numa primeira etapa. Isto pode ser feito através de medicamentos seguros e que não produzam riscos de dependência física dos pacientes.


Numa segunda etapa temos que preparar o paciente para que ele possa enfrentar seus limites e as adversidades vitais de maneira menos estressante. Em última análise, trata-se de estabelecer junto com o paciente uma forma de viver onde se priorize a busca de sua harmonia e equilíbrio pessoal. Uma abordagem psicoterápica específica deverá ser realizada com esse objetivo.


Qual a probabilidade de cura?

O sucesso do tratamento está diretamente ligado ao engajamento do paciente com o mesmo. É importante que a pessoa que sofre de transtorno do pânico entenda todas as peculiaridades que envolvem este mal e queira fazer uma boa "aliança terapêutica" com seu médico, no sentido de juntos superarem todas as adversidades que poderão surgir na busca do equilíbrio pessoal.


O transtorno do pânico pode levar a morte?

Um ataque de pânico é um período inconfundível, de imenso medo ou temor, que atinge o ápice (pico) em dez minutos, e costuma se estender por um total de 40-50 minutos. Ele se constitui em uma das situações mais angustiantes que uma pessoa pode vivenciar.

Durante a crise o paciente não corre o risco de sofrer de um ataque cardíaco ou morrer, embora seja impossível para ele acreditar nisso no momento da mesma. Os prejuízos causados pelo transtorno do pânico modificam toda a existência do paciente, trazendo problemas nos seus relacionamentos interpessoais, principalmente os de caráter afetivo e profissional. Cônjuges, amigos e parentes não reconhecem mais a pessoa que antes se mostrava jovial, produtiva, destemida, ao se depararem com alguém dominado pelo medo.

A falta de diagnóstico precoce e tratamento adequado podem fazer com que, gradativamente, o medo e a ansiedade causados pelas crises tomem proporções tais, que seus portadores tornem-se incapacitados para dirigir, frequentar determinados locais (bancos, shoppings etc.) ou mesmo sair de casa. Esta situação de ostracismo forçado pode levar o paciente ao desespero e a pensar em suicídio como opção de acabar com todo esse sofrimento.


Onde se deve procurar um tratamento?

Tendo em vista as particularidades do transtorno do pânico em seus vários aspectos (personalidade do indivíduo, abordagem do paciente, tratamento, diagnóstico precoce etc.), sugerimos que este problema deve, preferencialmente, ser tratado por um médico especializado e familiarizado com tal transtorno. Para obtenção de informações sobre os tratamentos específicos do transtorno do pânico deve-se procurar:

 Hospitais universitários;
 Serviços psiquiátricos de hospitais gerais;
 Serviços privados (clínicas, consultórios) especializados no tratamento do transtorno do pânico;
 Associações psiquiátricas.


Fonte: Livro Mentes Ansiosas: medo e ansiedade além dos limites.
Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva.

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